sábado, 7 de novembro de 2015

20 Tesouro de guerra



I770 Um mecano chamado Al hajjaj virou muçulmano e participou na captura de Khaybar. Depois da conquista, pediu permissão a Maomé para ir a Meca, deixar seus assuntos em dia e cobrar suas dívidas. Então perguntou a ele se podia mentir para obter o dinheiro. O profeta de Alá disse: “minta”. Assim pois se dirigiu a Meca. Uma vez chegando na cidade, os mecanos pediam notícias sobre o acontecido em Khaybar. Não sabiam que ele havia se convertido e por isso confiavam nele. Disse a eles que os muçulmanos haviam perdido e que Maomé foi feito prisioneiro. Disse que os judeus de Khaybar iam trazer Maomé a Meca para que pudessem matá-lo.    

I771 Os mecanos ficaram felizes. Pediu a eles que o ajudassem a cobrar suas dívidas para que pudesse regressar a Khaybar para se beneficiar da confusão. Eles ajudaram de boa vontade a cobrar as dívidas. Passados três dias depois de sua partida, descobriram a verdade do sucedido em Khaybar e o fato de que ele era agora um muçulmano.

Comentários do autor:
De novo vemos o exemplo de Maomé que permite a seus seguidores mentir aos kuffar para obter uma vantagem. Esta era uma de suas táticas favoritas e se descreve em numerosas ocasiões em sua biografia. Até hoje permanece sendo um pilar central da jihad e até tem nome. Em Árabe se conhece como taquiya ou a sagrada mentira.

I774 Havia um total de mil e oitocentas pessoas que dividiram a riqueza roubada dos judeus de Khaybar. Um soldado de cavalaria recebia três partes; um da infantaria ficava com uma. Maomé nomeou dezoito chefes para que se ocupassem de repartir o espólio. Maomé recebeu a quinta parte antes de que começasse a distribuição.

A Maomé não interessava um estilo de vida cheio de opulência. Suas mulheres inclusive se queixavam das condições humildes nas que viviam apesar da riqueza que ele tinha. A principal motivação de Maomé era o desejo de ser adorado. A maior parte de sua riqueza era gasta em armas e provisões para a jihad ou para pagar as somas de dinheiro necessárias para resolver disputas entre os seguidores (moeda de sangue). Ao final de sua vida, a única paixão que impulsionava Maomé era a de conquistar os kuffar. Também esta era uma das partes principais da religião que havia criado.
No capítulo anterior nos centramos nas influências do Islã nos governos ocidentais, nesta estudaremos o impacto que tem em outra instituição.

A influência do  Islã nas universidades
Os governos se ocupam da gestão da maior parte das universidades. Por esse motivo, o Islã pode influenciar nelas através de relativo controle que exerce sobre as decisões governamentais. As grandes fortunas muçulmanas doam consideráveis somas de dinheiro às universidades do mundo ocidental, o que lhes outorga o potencial para ter interferência nas decisões e políticas. Como os líderes em praticamente todos os campos passam pela universidade, a informação disseminada implica ser de grande relevância para o futuro de nossas sociedades.

Extrato da Wikipedia[1]
Em março de 2008, Alwaleed Bin Talal doou oito milhões de libras esterlinas para construir um centro de estudos islâmicos (que levava seu nome) na universidade de Cambridge. Poucos meses depois, no dia 8 de maio de 2008, entregou 16 milhões de libras a Universidade de Edimburgo para fundar o centro para o estudo do Islã no mundo contemporâneo. Em abril de 2009, Al Waleed fez uma doação de vinte milhões de dólares a universidade de Havard, que entrou para formar parte da lista de 25 maiores doações da instituição. Também entregou a mesma soma de dinheiro para a universidade de Georgetown.
Suas doações e outras procedentes de fontes islâmicas nem sempre foram bem vindas devido aos efeitos que tem na objetividade acadêmica e em matéria de segurança.

Os muçulmanos estão obrigados a dar uma porcentagem de seus ganhos a caridade, todavia, o dinheiro entregue aos kuffar não conta. Se levarmos em conta que seis de cada dez muçulmanos são analfabetos[2], é muito estranho que os muçulmanos ofereçam semelhantes somas de dinheiro às universidades ocidentais. Custa imaginar que esta generosidade não exija uma série de condições. Talvez seja por isso que as universidades se mostrem tão reticentes na hora de criticá-los. Em lugar de criticar, o que fazem é publicar artigos que apoiam sem rodeios o Islã e oferecem uma narração retocada e inofensiva da história e as proezas islâmicas que nada têm a ver com a verdade[3].
Pode ser também que esta seja a razão pela qual os estudos sobre o Oriente Médio nunca analizam a doutrina islâmica ou a jihad, apesar da inegável influência que o Islã tem nesta região. De fato, a doutrina islâmica não se estuda em nenhum semestre das universidades ocidentais. É difícil saber se esta influência vai mais além dos estudos sobre Oriente Médio, adentrando nas carreiras de história e sociologia.
Por exemplo, todos nós aprendemos que os europeus levaram africanos a América como escravos. Por que não estudamos nada sobre os Corsários da Barbária (muçulmanos do Norte da África)? Durante séculos saquearam os povos pescadores e costeiros a mais de um milhão de europeus que depois venderam como escravos no Norte da África e no Oriente Médio[4]. Enormes listras de terreno do litoral europeu ficaram desabitadas por medo dos traficantes de escravos da África que cessaram seus ataques em 1830 quando os franceses invadiram a Argélia. Existe uma palavra em Árabe para designar um escravo branco (mamluk) e outra para o escravo negro (abd).
Se compararmos, existem registros de transporte que indicam que foram enviados por barcos para os Estados Unidos um total de 388.00 escravos africanos antes de 1798, quando se aboliu de forma voluntária o tráfico de escravos[5] .
Quantas pessoas são conscientes hoje em dia dos constantes ataques dos turcos do Império Otomano que se lançaram durante séculos contra a o Leste da Europa? Levaram muitos escravos europeus ao Oriente Próximo e por isso a palavra escravo em Inglês é slave que vem da palavra turca slav (escravo).
Por que não aprendemos nada sobre os 1400 anos de tráfico de escravos do Islã na África e nos limitamos a estudar os 200 anos de venda de escravos dos europeus?
Não existe nenhuma razão pela qual não deveríamos examinar os múltiplos exemplos das atrocidades cometidas pela sociedade ocidental. Um dos pontos fortes desta sociedade é que somos capazes de admitir e aprender com nossos erros. No entanto, assumir que os europeus foram os únicos que cometeram atos terríveis em toda a história universal e que todos os problemas atuais foram causados por crimes do passado das nações ocidentais cristãs parece ser a atitude suspeitosa que assumiria um dhimmi. É complicado saber se estes dados (o financiamento das universidades e o sentimento de culpa acadêmica) estão conectados, mas parecem ser peças que se encaixam sem problemas no quebra cabeça. Pelo menos, é curioso que o Reino Unido possa estar em guerra com muçulmanos em dois países islâmicos diferentes (Iraque e Afeganistão) e ainda assim o único estudo da doutrina/filosofia/motivação do inimigo sejam orientados por muçulmanos. Alguns dizem que é ser politicamente correto, mas a longo prazo parece mais ser um suicídio político.

Extrato da seção de cartas ao editor do jornal The Australian, 19 de setembro, 2012:
Este editorial pede um debate aberto, sincero e contínuo em uma luta de ideias sobre o Islã contemporâneo. Por azar, este tipo de debate não é possível em nossas universidades, tal como descobri para meu pesar.
Minha negativa em adotar uma atitude a favor do terrorismo islâmico e contrário aos Estados Unidos depois dos ataques do 11 de setembro deram pé a uma campanha de difamação contra minha pessoa que durou anos e que só se acalmou quando ganhei o julgamento interposto contra a empresa que me contratava de acordo com o estipulado no programa Work Cover.
No entanto, ao longo da última década, pediram em várias ocasiões minha demissão por publicar minha opinião sobre o extremismo islamista e também me ameaçaram com vários processos judiciais.

Uma das pessoas que lançou ditas ameaças e que também solicitou minha demissão é um acadêmico com anos de experiência no centro que trabalha como professor na principal academia militar da Austrália. Outra dessas pessoas ocupa um posto de liderança em um centro nacional para a excelência nos estudos islâmicos.

Infelizmente, esta prolongada série de ataques no debate público sobre o Islã e o extremismo islamista prejudicou gravemente minha saúde e me empurrou a uma aposentadoria precoce. Este é o preço que se paga neste país ao manter um debate acadêmico sobre o Islã.

Mervyn F. Bendle, Townsville, Qld

Nenhum comentário:

Postar um comentário